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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Solstício: Garotinha Perdida


“Edward”, pensei, sorrindo para mim mesma enquanto tocava sua bochecha suavemente.
– Hmm? - ele virou a cabeça, sorrindo em meu cabelo. Seu tom soava como se eu o tivesse acordado, apesar de ele não dormir há mais de cem anos. Depois do dia que havíamos tido, era boa a sensação de estar deitada na nossa linda cama king size.
"Eu te amo”, pensei, sentindo seus braços se apertando mais ao meu redor. Ele se deitou de lado, ainda me abraçando.
– Eu – amo – estar – dentro – da – sua – cabeça - Ele sussurrou, dando beijos em minha cabeça entre cada palavra. Eu soltei um risinho, aninhando-me para mais perto dele. Eu suspirei, lembrando do tempo em que seu corpo parecia frio demais para meu toque humano. Agora tocá-lo não transmitia nada a não ser calor.
Nós permanecemos deitados quietos por alguns instantes, ouvindo a respiração um do outro. Eu podia ouvir as batidas que soavam como um passarinho do coração da nossa filha vindo de seu quarto. Eu fechei meus olhos, escutando a respiração leve dela.
Renesmee estava mais linda a cada dia. Tinha uma coleção de amigos e admiradores, mas o amigo que ela mais estimava era Jacob. Uma vez, Renesmee me perguntara se ela era de Jacob. Fiquei surpresa com a pergunta, mas não soube o que responder. Renesmee sabiamuito bem o que acontecia ao redor. Melhor que nós, adultos, às vezes.
Jacob se deliciava com cada mínimo momento que passava com Renesmee. Ele sorria toda vez que ela sorria, e ficava estressado toda vez que ela se estressava. Era como atração gravitacional.
Edward tencionou-se ao meu redor, trazendo-me de volta dos meus pensamentos. Meus olhos abriram-se de súbito, alarmados. Ele sentou-se na cama, puxando os lençóis com ele. Eu me sentei também, puxando o cobertor para me cobrir. Meus olhos e ouvidos vasculharam atrás de algum sinal de perigo, mas eu não conseguia ver ou ouvir nada. Eu coloquei minha mão esquerda no seu braço, lançando um olhar para a minha aliança de casamento, e então me recompus.
– O que foi? - sussurrei, as palavras saindo rápido demais para que qualquer humano fosse capaz de entender. Edward não respondeu, inclinando-se rapidamente sobre a lateral da cama e atirando sua camisa para mim.
– Vista isso -, ele disse, movendo-se rápido para fora da cama e vestindo sua cueca e sua calça moletom. Eu olhei para ele confusa, com minhas sobrancelhas formando uma linha reta na minha testa.
– Edward… - Antes que eu pudesse terminar, ele estava de volta na cama, passando meus braços pelas mangas da camisa e abotoando-a com agilidade. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa a mais ele apontou para a porta. Eu segui seu gesto e olhei para a porta fechada do quarto. Como se houvesse sido combinado, neste momento houve uma leve batida do outro lado, seguido por um choramingo.
– Mamãe? - Era Renesmee. Eu empurrei as cobertas e disparei para fora da cama. Cheguei até a porta num salto ligeiro por sobre o quarto. Aterrissando delicadamente perto da porta, eu a abri com tudo. Renesmee levantou o olhar para mim, segurando com força o lobo de pelúcia que Jacob havia lhe dado logo que ela nasceu.
– O que foi querida? - perguntei, retirando um cachinho caído em seu rosto. Ela esfregou o rosto no cachorro em suas mãos antes de olhar para mim.
– Eu estou com sede. - Ela me disse.
Realmente, eu também estava.
– Eu tenho uma ideia – disse Edward. – Acho que hoje devíamos caçar algo um pouco mais… sofisticado. Enfim, estava pensando em levar vocês duas para conhecerem o sabor do sangue das montanhas.
Ele sorria.
– Leões? – perguntou Nessie animada.
– Gosta da ideia? – perguntou ele.
Ela assentiu. Ele olhou para mim.
– Bom… Carlisle e Esme também estão com sede. O que acham de convidá-los para caçar conosco? - Meu marido indagou.
– Claro. Acho uma ótima ideia! - Sorri.
Convidamos nossos pais para caçarem, e eles aceitaram, é claro. Com isso, juntos, nós corremos até as montanhas. Onde Edward havia dito que havia leões. Eu espero que não seja mentira.
A visão era realmente linda. Eu conseguia ver cada folhinha de grama que se estendia pela montanha, cada imperfeição, cada rocha em relevo. Conseguia sentir um aroma doce e saboroso. Os leões estavam ali, obviamente. Olhei para Edward e ele assentiu. Sim, são os leões.
O aroma era delicioso, realmente. Não se comparava ao dos humanos, mas mesmo assim, era ótimo.
– E eu tive que beber alces e veados até hoje? – perguntei, amuada, enquanto Renesmee ria e concordava comigo.
– Não existem leões suficientes para todas as caçadas, Bella. – disse Carlisle. – Isso é como ir “jantar fora” para os humanos, é só de vez em quando.
Eu assenti e me agachei, em posição de ataque. Conseguia ver um leão grande, talvez o maior de todos. Macho. Era o que cheirava melhor.
Em uma fração de segundo, agarrei o leão, e nem precisei lutar muito com ele. Eu já estava pegando prática naquilo, e nem me sujei. Bebi a maior parte do sangue, e o resto deixei para Renesmee, que já havia liquidado uma pequena leoa e agora terminava o meu leão. Edward pegou o segundo maior do bando e bebeu todo o sangue.
Então enquanto caçávamos um novo cheiro me tomou. Um cheiro doce, delicioso. Sangue humano. Mas não era sangue de umas pessoas qualquer que estava andando distraidamente por ai, o cheiro estava mais forte do que o normal. O dono do cheiro estava perto, e provavelmente estava ferido.
Edward me olhou pelo canto do olho. Parecia um pouco preocupado. Talvez achasse que eu fosse atacar a pessoa, uma coisa que era provável. Eu ainda era nova demais para ficar perto do sangue humano exposto. Podia ficar perto de pessoas, mas não de sangue.
– Tudo bem. Eu posso ficar com Renesmee. - Falei.
– Eu fico com elas, filho – Esme disse o tranquilizando.
Ele assentiu e voou ate Carlisle, que estava indo ver o que havia acontecido com aquele humano.
[Edward]
Havia um humano ferido nos arredores. Eu estava preocupado com Bella. Era melhor ela não se aproximar dele ou aconteceria o pior, se é que já não aconteceu. Alem de ferido o humano estava inconsciente.
Não podíamos apenas deixá-lo ali, morrendo tínhamos que fazer alguma coisa, talvez ele sobrevivesse, seu coração não estava muito fraco, eu podia ouvir. Talvez poderíamos levá-lo ao hospital, ou algo do tipo.
[Carlisle]
Continuamos correndo, eu e Edward, em direção a pessoa que provavelmente estava ferida. Talvez tenha sido atacada por algum animal, ou sofrido um acidente nas estradas que cercavam a floresta. Logo a humana entrou em meu campo de visão.
A jovem deveria estar com 18 ou 19 anos ou no início dos 20, mas parecia uma mera criança de uns quinze anos, deitada no chão, com varias feridas e cortes espalhados pelo corpo pequeno e magro. Ela estava perdendo sangue rápido demais. Seu cabelo castanho escuro estava espalhado e úmido graças ao suor pegajoso e o sangue em sua pele. Ela estava bastante machucada, mas não parecia ser algo que me obrigasse a transformá-la. Olhei ao redor.
Havia uma moto vermelha bastante arranhada a uns 100 metros de onde estávamos. Um acidente de moto. A garota teve sorte por não morrer na hora. Provavelmente ela havia se soltado da moto antes que esta batesse com tudo no chão. Mas o problema era que ela ainda estava muito machucada.
Eu não tinha certeza sobre o que fazer. Eu não podia apenas deixá-la morrer ali, daquele jeito. Eu tinha que ajudar. Mas se eu a transformasse, o tratado com os lobos seria quebrado. Quando Bella se transformou, o tratado continuou graças apenas ao imprinting de Jacob com Renesmee. Mas se eu não fizesse nada, ela iria morrer.
Num movimento quase que automático peguei a pequena garota no colo e comecei a correr em direção a nossa casa. Eu podia sentir que alguns de seus ossos estavam quebrados. Não era nada de mais.
– Carlisle?! - Edward gritou ao meu lado.
"Não podemos deixar a garota morrer, Edward." O respondi por pensamento.
Isso seria covarde demais, ruim demais. Esme não me perdoaria.
– Vamos levá-la para um hospital. - Edward disse.
"Não sei." Só então percebi a temperatura que a garota estava. Ela estava quase tão gelada quanto eu. Mas ela não estava morta, eu ainda podia ouvir seu coração batendo. "Edward esta quase congelando."
#Flash Back Onn
Era para ser um final de semana comum. Um final de semana com as amigas naquela cidade chuvosa e chata. Eu não gostava muito de coisas comuns. Não tinham graça nenhuma. E eu também sabia que iria acontecer uma festa hoje, uma festa que eu iria ir!
Com muita facilidade, peguei a moto de Natie emprestada e sai. De qualquer forma, eu iria devolver mais tarde. O único problema é que eu não teria permissão para ir. Mas quem disse que eu me importo?
Aquilo não era bem uma festa, aquilo se parecia mais com uma balada, só que um pouco pior. Era como as festas na cidade grande, muitas pessoas bêbadas, dezenas de penetras, musica muito alta e garotas quase nuas nas piscinas. Mas aqui não tinha o detalhe da piscina. Mas isso não piorava o lugar.
A musica tocava no ultimo volume, nenhum barman sequer se importava em dar uma segunda olhada para alguém antes de lhe entregar suas bebidas, aparentemente, havia alguns garotos usando drogas no fundo, pessoas por todo lado, muitos gatinhos, e sexo. Havia uma porta lá no fundo de onde vinha alguns gemidos baixos, varias pessoas se pegando nos corredores, caras que ninguém nunca havia visto passando a mão nas garotas e as cantando, garotas andando quase nuas e caras quase babando nelas. Estávamos em Las Vegas e eu não sabia? Fiquei lá quase a noite inteira, e eu sabia que quando voltasse, Natie e Scarlet me matariam, não só por ter roubado a moto, mas por ter saído pra aquele lugar.
Eu tinha 17 anos, isto é, eu era a mais nova da casa, com uma ENORME diferença de um ano da Natie e dois da Stella.
– Pensei que você não ia mais vir. – James e eu demos um toque de mão.
– Claro que eu viria. – Sorri – Acha que sou de perder uma balada?
– Oi, Molly. – Donna se pendurou em meu pescoço.
– Oi, Donna.
– Vamos entrar – James nos chamou. – O resto da galera está lá dentro.
James e Donna eram da minha sala, e tem a mesma idade que eu, 17 anos, sim, sou repetente, e garanto que ficarei mais um ano no segundo ano já que meu karma – Professor Mark Connor – insiste em me reprovar em matemática, obvio que eu não faço nada na aula dele. Odeio Connor, consequentemente, odeio matemática.
Trilha Sonora:
Set Me Free - House Boulevard
A boate estava lotada, todos dançavam animadamente. Donna arrastou-me até os outros.
– E ai, gata.
Lily, Gary, Claire, Kyle estavam todos sentados em uma mesa. Cumprimentei com um beijo no rosto e um selinho que Kyle quase me obrigou a dar nele e me sentei no colo de Lily. Ficamos conversando coisas idiotas por algum tempo ate que ela se levantou para dançar com Kyle.
– Vou pegar algo para beber. – Avisei já indo à ao balcão. – Uma Ice. – Pedi ao Barman.
– Crianças não deviam beber. – Olhei para o moreno ao meu lado e ri.
– Eu não sou criança... – Me aproximou para responder, já que o som estava alto.
– Mas com 15 anos é proibido beber. – Ele argumentou.
– 17. – Sorri. – Eu não me importo.
– Hm... – Ele disse, aparentemente sem ter o que falar.
– Posso ter a honra de saber sua idade? – Indaguei.
Ele virou-se no banco, para encarar-me.
– Mais velho que você... – Ele sorriu. Revirei os olhos.
– Quantos anos? – Perguntei novamente.
– Chute.
– 18?
Ele jogou a cabeça para trás e riu alto. O Barman colocou a Ice sobre o balcão, a peguei e bebi.
– Cara, você errou feio.
–Tudo bem... – dei de ombros – 20?
– Não... – Ele suspirou – 23.
– Ta brincado? – Soei surpresa.
– Não. Por quê? – Ele indagou.
– Você aparenta ser bem mais jovem. – Expliquei.
– Obrigada. – Ele sorriu. – Você é linda, sabia? – Corei.
– Você corou? – Tocou minha bochecha.
Virei meu rosto e encarei minha Ice, tomando um bom gole dela.
Voltei a virar para o rapaz, minha respiração ficou suspensa quando percebi o quão próximo ele estava.
– Não sei seu nome... – Ele colocou seu braço sobre o balcão e a outra na lateral do meu banco, inclinando-se mais para frente, prendendo-me ali.
– Ah, me desculpa... – Mordi meus lábios. – Marie, pode me chamar de Mary. Molly, Mah, sei lá. Chame como você quiser.
– Mary... – Assoprou minha franja. – Já que você não perguntou o meu, eu me apresento, sou Peter.
Olhei sobre seu ombro e vi que todos seus amigos estavam olhando para cá, inclusive uma loira, que me fuzilava com os olhos, obviamente morrendo de ciúmes.
– Acho que sua namorada não está gostando de ver você conversando comigo.
Ele olhou sobre o ombro e riu.
– Dianna e eu não temos nada. – Deu de ombros.
Melhor para mim. Ok, eu sei que ele era mais velho, mas certamente, esse seria nosso primeiro e ultimo encontro, então porque não aproveitar? Ninguém ficaria sabendo, a não ser eu e ele.
#Flash Back Off
Não me lembro muita coisa depois disso. Acho que a bebida faz isso comigo. Minha memória dessa noite era bagunçada, confusa. Como as memórias da minha infância. Eu não podia nem distinguir as coisas umas das outras.
Sei que ficamos conversando por um tempo, ele me pegou algumas bebidas, tipo vodka, ice e cerveja, que eu misturei com limão. Não foi grande coisa. Depois disso ele me tirou para dançar, e nos beijamos. Ninguém viu, exceto a Donna que quase saltou em meu pescoço quando eu voltei a mesa. Ela abria um sorriso cada vez maior quando me via olhar o garoto. As vezes ate me assustava. Bom… depois eu bebi mais vodka com energético, smirnoff com schweppes, e com Ice - minha bebida favorita - junto com Donna, e vi Tyler ter uma crise de ciúmes ao vê-la dançar com outro cara. Mas nisso eu já estava meio bêbada.
A balada estava no auge. Mais pessoas haviam chegado, a musica estava no ultimo volume, e a esta altura, maioria dos presentes estavam bêbados, incluindo eu. Eu já estava indo embora, depois que me despedi de todos, inclusive do Pierre. Era bem tarde já, quase 06:00 da manhã, e eu realmente não devia ter bebido. Pelo menos não sabendo que eu iria dirigir de volta para a casa.
Na verdade não devia se quer ter saído de casa sem permissão. Mas agora isso não importa – Era minha consciência falando, mas quem disse que eu me importava com ela?
Eu podia deixar minha moto com Claire, acho que ela ainda estava meio sóbria, e voltar no carro de Gary. Com certeza ele não estava tão bêbado quanto eu. E nem com tanto sono. Mas eu realmente não ia fazer isso. A moto é minha e quem dirige sou eu! E nada de mais vai acontecer, ora!
– Tchau – falei com um dos garotos que eu ainda não tinha me despedido. Subia na moto de Natie, e sai.
A noite estava bastante fria hoje, na verdade, estava nevando. Não devia ser tão raro nevar em Washington, o estado mais frio e chuvoso dos Estados Unidos, pelo menos no meu ponto de vista. Talvez, no quesito temperatura, perdesse apenas para o Alasca.
Eu nunca me acostumei à vida chuvosa. Quando pequena eu vivi bastante aqui, em Washington, mais o clima ensolarado da Califórnia era “O meu clima”. É meio difícil ficar sempre mudando de hábitos, assim tão rápido. Em vez de me arrumar para conhecer a cidade com roupas leves e um óculos de sol, me arrumo com roupas pesadas, e com um guarda chuva. Eu odeio isso.
Como agora, por exemplo, estou aqui, caindo aos pedaços, com uma calça jeans preta, uma jaqueta, uma blusa branca, e uma moto vermelha. Sempre tem o detalhe da jaqueta. Todos os meus dias nesse lugar tem uma peça de frio, o mais quente que eu conseguir encontrar.
Mas eu não podia reclamar. Não podia, e não queria. Eu mesma escolhi vir para cá, por que não queria perder minhas amigas. Minha melhor amiga e minha prima. Aliás, Stella também veio para essa lugar pelo mesmo motivo. Ela também estava acostumada com o clima ensolarado e as festas da Califórnia. Mas nenhuma de nós queria ficar sozinha lá. É claro que tinha nossos amigos, a nossa família, mas ninguém nunca se compararia a Natie. E eu sempre sentiria saudades dela se ficasse.
Olhei as arvores passando ao redor. Bah, lento demais. Olhei para o velocimetro. E estava mesmo, apenas 60 km/h. Lento, lento e lento. Nesse momento soquei meu pé mais fundo no acelerador. Os pneus cantaram no asfalto, e em um segundo, eu estava praticamente voando.
O vento que batia em meu rosto era revigorante, meus cabelos voando para trás… essa era a melhor sensação: a deliciosa sensação de liberdade!
A mata que cercava a rodovia não era mais que um borrão verde.
Acelerei ainda mais, atingido a maior velocidade que a moto era capaz. Eu estava muito rápida, e aquilo era ótimo! Inclinei-me um pouco mais na moto, me levantando um pouco do banco e fechando meus olhos, para apreciar melhor aquela deliciosa sensação. Meus cabelos voavam quase formando uma aureola envolta de mim graças a ausência de capacete. Abri os olhos novamente.
E então alguma coisa na pista chamou minha atenção. Era difícil ver em meio a densa neblina combinado a minha visão embaçada pelo álcool, mas mesmo assim pude identificar a forma: um carro, vindo em alta velocidade na minha direção. Ótimo. Talvez eu ate estivesse mais rápida que ele, mas se eu continuasse, eu iria morrer, e isso de quem estava mais rápido não ia fazer diferença nenhuma. Tentei frear, mas, graças a minha velocidade, isso era impossível. A pista estava molhada pela neve derretida, e mesmo se eu freasse a moto iria derrapar por vários e vários quilômetros.
Alguém teria que parar, e ele não parecia muito a fim de fazer aquilo. Nem eu, mas...
Girei ferozmente a moto para a esquerda, rodopiando em um 360. Tive um vislumbre enquanto estava girando, o carro havia batido contra uma arvore na tentativa de desvio. Se eu morresse não ia ser sozinha. O barulho dos pneus deslizando no asfalto era ensurdecedor. A moto continuou em direção a descida brusca da montanha.
Nesse momento me vi rezando: "Pai Nosso, Ave Maria, Santo anjo do Senhor meu zeloso guardador..."
Soltei-me da moto, batendo no chão com força e me arranhando toda, enquanto ela quase voava morro abaixo ate sumir de minha vista. Com quase a mesma velocidade que ela, meu corpo rolou alguns metros no chão, enquanto eu tentava freneticamente me agarrar ao chão.
Ouvi um baque, mas não tive coragem de abrir meus olhos. Ouvi outro baque. Todo meu corpo doía graças à queda, e minha boca estava com um sabor misto de sangue e terra em minha boca. Pelo menos você não morreu, ainda. Então minha cabeça bateu com força contra alguma coisa. E simplesmente apaguei.


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